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O que é PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) e por que voltou a ser discutido agora
O que é PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) e por que voltou a ser discutido agora
PAT volta ao centro das discussões porque o Brasil amadureceu o seu jeito de olhar para benefícios. O debate atual não é incentivo fiscal: é poder de compra real, percepção de vantagem e experiência concreta no dia a dia do trabalhador.
PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) foi criado em 1976 para estimular que empresas oferecessem benefício alimentação aos seus funcionários. Era um mecanismo simples: o governo abria incentivo fiscal se a empresa garantisse oferta de alimentação. Isso ajudou a consolidar o benefício alimentação no país.
A intenção original era boa: dar suporte ao cuidado nutricional da força de trabalho.
Entretanto, essa história só faz sentido quando enxergamos como o mercado de benefício foi evoluindo ao longo do tempo.
Primeira onda: benefício como engenharia fiscal (anos 1970 → 2010)
PAT nasce em um Brasil pré-digital, pouco orientado por experiência e autonomia. O benefício inicia como arranjo financeiro — não como instrumento de valor percebido.
E como acontece com incentivos fiscais de larga escala, surgiram distorções:
baixa competição;
pouco poder de compra real;
muita fricção no uso.
O trabalhador se adequava ao sistema — não o contrário.
Segunda onda: benefício vira experiência — mas perde governança (2018 → 2024)
Pandemia, trabalho híbrido e uma nova lógica de carreira fizeram o benefício migrar da infraestrutura para a cultura. Flexibilidade vira ativo.
Mas aparece outro risco: o benefício vira “meio de pagamento” com estética moderna — e pouca arquitetura de controle.
O colaborador ganha liberdade. A empresa perde visão sobre o investimento.
Terceira onda: o benefício vira estratégia (2025 → agora)
É aqui que o debate se reenquadra — e que o PAT volta à mesa.
A nova regulamentação do PAT não nasce para reinventar o mercado. Nasce para corrigir o resíduo da primeira onda e criar base para o nível de maturidade que o benefício precisa entregar agora:
flexibilidade com governança;
autonomia com responsabilidade orçamentária;
experiência com estratégia.
Esse é o ponto de equilíbrio.
E é nesse lugar que Biz atua: estruturando benefício como instrumento de cultura — não como mera transação financeira.
O vetor futuro do benefício não é “cartão”. É design de experiência.
E é por isso que PAT reaparece no debate público — não por nostalgia — mas porque a evolução, de fato, chegou.